Powered By Blogger

sábado, 27 de agosto de 2011

Será incompatibilidade de softwares ou choque de gerações?


Desafio: Se tiver tempo, leia agora, caso contrário, pode deixar para depois. Em nenhuma hipótese deixe de ler este texto que pode mudar seus conceitos e quem sabe preservar sua saúde e prolongar sua vida.


Será incompatibilidade de softwares ou choque de gerações?



Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento? Em minha adolescência, muito escutava falar nos conflitos conhecidos como choque de gerações. Na década de 80, havia as contestações advindas destas diferenças. Mas no entanto nunca foi como hoje. Em meio a terceira revolução, esta onda tecnológica, encontramos:
De um lado a calma e a paciência e uns diriam até morosidade daqueles que enviavam cartas, aguardavam que as mesmas chegassem ao destino, fossem lidas, respondidas e retornassem as interlocuções e de outro os que enviam e-mails, fazem vídeo-conferência, trocam informações e arquivos via messenger em tempo real.

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
Telefone fixo era coisa de rico, há pouco mais de vinte anos atrás, assim como o celular há uns dez, hoje é algo corriqueiro, adultos, crianças e idosos de qualquer nível social têm acesso, estão aí, interrompendo conversas, alterando planos para melhor ou pior. Inegavelmente contribuem muito com a comunicação, em certos casos podem até salvar vidas.
Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
O rádio, com suas válvulas e chiados era algo que conectava às informações e acontecimentos do mundo e quebrava o silêncio ou som natural com música em baixo volume e reduzida potência que atingia um cômodo ou dois no máximo.

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
A televisão então nem se fala, era patrimônio de família, status entre a vizinhança, todos podiam brigar entre si, mas nunca com o dono da televisão, relevava-se. Cabe ressaltar que havia poucos canais e para trocar, tinha que levantar do sofá e ir ao seletor do aparelho. Hoje ficamos do sofá, pulando de um canal para outro e levamos tempo para escolher de todas as emissoras disponíveis o mais interessante programa.
Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
O lazer era normalmente algo coletivo. Crianças brincavam, se criavam juntas e se exercitavam fisicamente, hoje a insegurança pública e o advento da internet e games eletrônicos as mantém em internato. O abraço, o toque, o aperto de mão, a conversa olho no olho deu lugar amigo virtual com quem teclam quase que em código de tantas abreviaturas.

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
Um trabalho na máquina de escrever era feito com o máximo zelo, o cabeçalho do texto era decorado, nas melhores empresas já vinha timbrado ou mimeografado, bastava um erro para que o papel fosse para a lixeira, hoje basta um backspace ou CTRL+Z. O mesmo documento pode ser reutilizado inúmeras vezes, basta o CTRL+P, para rimar. Para quê dez datilógrafos se basta um digitador? Para que tantos livros contábeis se basta o Excel com suas maravilhosas planilhas e gráficos? Lembro-me de meu primeiro computador, com seu drive de disquete tipo bolachão e o MSDOS. Hoje com a máquina mais moderna reclamo da velocidade do processamento, quase que imediato.

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
E as fotos? A máquina fotográfica com filme é recente, todos lembram, tirar as fotos, esperar acabar o filme, levar para revelar, e para quem tinha pressa tinha a rápida revelação em uma hora. A digital dispensa apresentações, aliás tem uma aí no seu celular muito provavelmente, que por origem era aparelho de telecomunicação e não para entretenimento, tem tantos recursos que se você tem um de última geração você nem liga para ninguém , pois tem tanto recurso que não se precisa nem de amigo.

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
Lembro-me do pomar, com frutas e verduras no sítio da minha avó e a plantação, com diversidade de espécies e muitas mãos para colher, vacas para ordenhar. Vejo hoje quilométricos latifúndios, monocultura e uma ou duas máquinas agrícolas com um único operador e processamento mecanizado.
  
Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
Lembro que todo fim de tarde jogávamos nosso futebol na rua, no asfalto ou paralelepípedo, isso mesmo, quando vinha uma carro, interrompíamos o jogo, passou o veículo, prosseguia a pelada por mais MINUTOS. Será que ainda dá para fazer isso hoje?

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
E arquitetura? As ruas eram compostas por casas, poucos moradores e famílias, todos se conheciam, havia a característica de comunidade, hoje com prédios compostos por apartamentos cada vez menores e mais populosos os indivíduos se isolaram. As relações de vizinhos resumem-se ao “bom dia” no elevador. E os condomínios? Cito Falcão do RAppa: “ As grades do condomínio já não trazem proteção, mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão.”

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento?
E a medicina? Evoluiu muito, várias pessoas são salvas pelos eficazes recursos de diagnóstico e tratamento e as mais modernas técnicas cirúrgicas e medicamentos.
Se você chegou até aqui no texto, parabéns, pois não compartilha da ansiedade presente no consciente coletivo, a pressa imposta pela dinâmica e pressão causada pelos acontecimentos dos últimos vinte anos. Nunca se vendeu tanto ansiolítico e antidepressivo, será porquê.

Será que a tecnologia está alterando nosso comportamento? Será?!

Rio de Janeiro, 26 de junho de 2008.
Carlos Marcelo Cruz Silva

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Sim, a tecnologia altera o nosso comportamento!

    A tecnologia é surpreendente e fascinante, mas há um lado negativo.

    As máquinas, em geral, são rápidas e eficientes que nos permitem fazer uma série de coisas que até há bem pouco tempo não imaginávamos. O mundo todo está conectado a um clique no mouse. Enviamos e recebemos mensagens de um lugar para qualquer outro do mundo! Mas, por outro lado, temos a impressão de que não podemos mais viver sem ela - a TECNOLOGIA. É o mal da modernidade... Fazemos cada vez mais e mais coisas, estamos mais irritados do que nunca e, por incrível que pareça, nosso tempo é cada vez mais curto. Acordamos e dormimos estressados, com pressa!
    Todas as pessoas do mundo - da criança ao idoso, do executivo ao empregado - sofrem e são influenciadas com isso, de uma maneira ou de outra.
    Passamos a querer fazer tudo na velocidade do computador, queremos que tudo se resolva num piscar de olhos, ou melhor, num clique. A conseqüência é que estamos nos programando para correr cada vez mais. E isso gera nervosismo e ansiedade. A tecnologia está invadindo nossos limites por todos os lados...
    As pessoas estão mais próximas e mais DISTANTES do que nunca...

    ResponderExcluir